Confira abaixo a ordem das apresentações e os resumos dos trabalhos que serão apresentados!
COMUNICAÇÕES COORDENADAS – PROGRAMAÇÃO E RESUMOS
16 de abril
1.
13h30min – 13h45min
VIDA DE
PROFESSOR: MEMÓRIAS SOBRE O ENSINO DE HISTÓRIA
Bruna da Silva Garcia
Mestranda do PPGH/FURG. Contato: gs.anurb@gmail.com. Trabalho sob orientação do prof. Dr. Jussemar Weiss
Gonçalves. Contato: jussweiss@hotmail.com.
A memória é importante para o homem compreender-se no
tempo. É a partir dela que nos localizamos no presente, sabemos da existência
do passado e podemos fazer certas projeções sobre o futuro. Uma das grandes
dificuldades da Historiografia atual ainda é o “afastamento” entre a academia e
a escola; os historiadores não estudam a escola nem os membros que a compõem, e
não compreendem que ela é um espaço social que merece atenção. Outra grande
problemática é o estudo sobre a Memória, para muitos ela ainda é um problema a
ser resolvido e que por mais que existam diversas bibliografias a respeito, ela
ainda não conquistou um espaço sólido na História.
Sabendo disso, e compreendendo que o estudo sobre a
Memória é importante para entender as noções de temporalidade; os processos
mnemônicos fazem parte do cotidiano das escolas (os alunos e os professores
caminham entre o passado e o presente em todos os momentos da vida escolar,
principalmente nas aulas de História). Logo, este trabalho tem o intuito de
compreender esse espaço a partir das memórias e experiências de professores de
História
Então, o trabalho aqui proposto é o resultado parcial
da dissertação de mestrado da proponente. Tem a finalidade de estudar as
memórias e as vivências de professores de História da cidade de Rio Grande
(RS), docentes que possuem um olhar peculiar sobre o ensino de história e sobre
a escola. Esse olhar mais meticuloso se resume a tentativa de utilizar
professores com uma determinada vivência dentro dos espaços escolares - mais de
dez anos de caminhada dentro do espaço escolar e usando como metodologia a
História Oral.
2. 13h45min – 14h
ARTE ROMÂNICA E SUA RÍTMICA RELIGIOSA EM
KILPECK, HEREFORDSHIRE: O PATRIMÔNIO IMATERIAL PRESERVADO NO ARENITO
16 de abril
2. 13h45min – 14h
ARTE ROMÂNICA E SUA RÍTMICA RELIGIOSA EM KILPECK, HEREFORDSHIRE: O PATRIMÔNIO IMATERIAL PRESERVADO NO ARENITO
ARTE ROMÂNICA E SUA RÍTMICA RELIGIOSA EM KILPECK, HEREFORDSHIRE: O PATRIMÔNIO IMATERIAL PRESERVADO NO ARENITO
Amanda
Basilio Santos
- Bacharela em História (UFPel), mestranda em
História na linha Arte e Conhecimento Histórico (UFPel) e com Especialização em
andamento em Artes na linha de Patrimônio Cultural (UFPel) amanda_hatsh@yahoo.com.br
Este trabalho
pretende fazer breves apontamentos sobre a arquitetura românica na Inglaterra,
abordando suas regras gerais de constituição e suas peculiaridades. Acima de
tudo intencionamos analisar os elementos estéticos na simbologia religiosa
estabelecida na igreja de St Mary e St David em Kilpeck, Herefordshire construída
no século XII para a compreensão do contexto histórico local. Para tanto, a
princípio é feito uma breve análise das características clássicas da
arquitetura românica e seu sistema construtivo, para depois ser visto a
arquitetura e estética da igreja de Kilpeck, e suas características simbólicas,
neste estudo definido como rítmica arquitetônica.
Destacando que o
patrimônio tangível resguarda características culturais específicas,
pretendemos destacar a existência do patrimônio imaterial particular desta
região interiorana da Inglaterra, demonstrando a vasta diversidade cultural do
período medieval. Através da compreensão simbólica dada aos elementos
arquitetônicos, tanto aqueles que são partes integrantes da estrutura como da
ornamentação, será possível compreender o sentido dado a distribuição dos
espaços e dos símbolos que complementam estes espaços da igreja. Será feito
então uma análise deste elementos à luz dos conceitos de Patrimônio Imaterial,
Circularidade Cultural e Hibridismo Cultural.
3. 14h – 14h15min
O
ACERVO DE OBRAS RARAS DO MUSEU DE HISTÓRIA DA MEDICINA DO RIO GRANDE DO SUL,
SUAS ESPECIFICIDADES E POSSIBILIDADES DE PESQUISA
Mauri Zanirati Silveira Júnior – Graduando em
História, estagiário do Setor de Pesquisa e Acervo do Museu de história da
Medicina do Rio grande do Sul. maurizanirati@gmail.com
Angela Beatriz Pomatti – Mestre em História,
coordenadora do Setor de Pesquisa e Acervo do Museu de história da Medicina do
Rio grande do Sul. angelapomatti@yahoo.com.br
Esse trabalho tem como objetivo principal
apresentar o acervo de Obras Raras pertencentes à Seção de Acervo Bibliográfico
do Museu de História da Medicina do Rio Grande do Sul, elencando e
exemplificando as características e especificidades que levaram esses livros a
serem classificados desta forma.
O acervo de Obras Raras é composto por cerca
de 520 livros, que assim foram classificadas em função de características como:
o período histórico em que foram escritos, a importância do autor, o número de
exemplares produzidos ou existentes atualmente, as pessoas a quem essas obras
pertenceram, e ainda, se as mesmas possuem alguma anotação ou assinatura dos
autores ou de seus acumuladores. As obras estão organizadas, separadas em
trinta e sete categorias relativas às especialidades médicas ou assuntos a que
elas pertencem. Todo este acervo é proveniente de doações, realizadas
principalmente por médicos do estado.
Com esta apresentação pretendemos demonstrar
ainda a riqueza de possibilidades de temas e de pesquisas que podem ser
realizados utilizando este acervo de Obras Raras.
4.
14h15min – 14h30min
EDUCAÇÃO
PATRIMONIAL NO ESPAÇO FORMAL DE ENSINO
Camila Rola Alves – Universidade Federal do
Rio Grande. crolaalves@gmail.com
Esta proposta de comunicação oral tem por
objetivo destacar alguns pontos do trabalho realizado com uma turma do 4° ano
na cidade do Rio Grande, no ano de 2014. Para tanto, utilizamos a metodologia
da Educação Patrimonial, a qual tem como objetivo levar os sujeitos,
independente da idade, a um processo de conhecimento, valorização e preservação
dos bens culturais; sendo assim, a Educação Patrimonial representa uma
ferramenta muito interessante de ser utilizada na sala de aula, já que a mesma
promove o contato direto do individuo com os bens culturais. Ao trabalharmos
com esta metodologia na sala de aula, buscamos mesclar aulas relacionadas à
história da cidade, com saídas de campo para que os alunos observassem o que
foi abordado na sala de aula, tendo em vista que, ao pensarmos a Educação
Patrimonial no espaço escolar, objetivamos trabalhar com as crianças buscando a
educação, o despertar do olhar à preservação e trabalho com a história e as
memórias locais.
5.
14h30min – 14h45min
RIO
PIRATINI: UM LUGAR DE CONSTRUÇÃO DE HISTÓRIA E MEMÓRIA DO MUNICÍPIO DE PEDRO
OSÓRIO (RS)
Tatiana Carrilho Pastorini Torres –
Universidade Federal do Rio Grande (FURG). tatypastorini@yahoo.com.br
Carmem G. Burgert Schiavon – Universidade
Federal do Rio Grande (FURG). cgbschiavon@yahoo.com.br
A presente
proposta de comunicação visa destacar parte da pesquisa relacionada à
Dissertação de Mestrado intitulada “Educação Patrimonial na Escola: uma
experiência entre o ensino de História e o Patrimônio Cultural em Pedro Osório
(RS)”, a qual objetivou o desenvolvimento de um novo direcionamento de reflexão
e questionamentos na prática de ensino de História a partir do uso da
metodologia da Educação Patrimonial. Para tanto, elaborou-se em conjunto com os
alunos da Rede Básica de Ensino, alguns roteiros e percursos patrimoniais pela
cidade de Pedro Osório (localizada no sul do Estado do Rio Grande do Sul) a fim
de se identificar, registrar e valorizar os bens culturais locais. Além disso,
por meio da educação do olhar, propiciou-se a utilização da própria cidade como
recurso de aprendizado e construção do conhecimento histórico.
6.
14h45min – 15h
PATRIMÔNIO
ARQUEOLÓGICO SALVAGUARDADO E O ACESSO À MEMÓRIA
Daiane Pereira – Mestranda do programa de
pós-graduação em Arqueologia da Universidade Federal de Sergipe e pesquisadora
colaborada do Núcleo de Pesquisa Arqueológica do Instituto de Pesquisas
Científicas e Tecnológicas do Estado do Amapá. daianepereira.dp@gmail.com
As coleções arqueológicas salvaguardadas em
reservas técnicas representam cerca de 90% do patrimônio arqueológico nacional.
Na comunicação proposta irei discutir o potencial de extroversão da reserva técnica do Laboratório de Arqueologia Peter
Hilbert, problematizando a possibilidade de um equilíbrio entre a conservação e
a extroversão do patrimônio arqueológico. O Objetivo é fomentar a discussão
sobre o caráter predominantemente restritivo das reservas técnicas e a
importância do acesso às coleções no processo de democratização do patrimônio
cultural. Para tal discussão irei me apoiar nos pressupostos interdisciplinares
da curadoria de acervos, trazendo exemplos de como a reserva técnica pode ser
utilizada como mecanismo de extroversão. Ao reconhecer a função social da
reserva técnica almejo contribuir na identificação de novos caminhos de
significação dos acervos e na construção de memórias, atendendo os anseios
contemporâneos da sociedade por uma maior participação nos processos de
construção cultural. Acredito que a extroversão a partir das reservas técnicas
pode expandir a participação da sociedade nas questões que envolvem o
patrimônio e memória, indagando a limitação dos processos de comunicação do
patrimônio arqueológicos e a real aproximação do público com esses bens.
7.
15h – 15h15min
A MEMÓRIA DAS VIOLAÇÕES DE DIREITOS HUMANOS
COMO PATRIMÔNIO CULTURAL: POSSIBILIDADES DE ESTUDO DO CASO MANOEL FIEL FILHO
Diego Oliveira de Souza – Técnico do Ministério Público Federal.
Doutorando em História pela UFSM. diego.o.souza@hotmail.com
Este trabalho é composto de abordagem
interdisciplinar, destacando-se a perspectiva historiográfica e jurídica.
Partindo do Caso Manoel Fiel Filho, o objetivo central é investigar a forma
como órgãos do Poder Judiciário brasileiro se relacionam com a justiça de
transição e a defesa da memória das violações de direitos humanos. Em especial,
trata da constituição dos Lugares de Memória da violência estatal, os quais
podem ser considerados bens culturais destinados à reparação simbólica das
vítimas e à produção de conhecimento histórico.
Para atender esta demanda,
formulou-se a seguinte questão: qual
é a forma jurídico-política adotada
pela democracia brasileira, para promover a responsabilização e a reparação aos
abusos de direitos humanos, praticados contra o operário Manoel Fiel Filho, no
ano de 1976? Ademais, sustenta-se
que a morte de Manoel Fiel Filho não é lembrada, pelo Estado brasileiro, de
forma a colaborar com o conjunto de medidas de reparação às violações de
direitos humanos, perpetradas no período de 1964-1985. Deste modo, o
conhecimento histórico das violações de direitos humanos pode ser constituído
por meio dos Lugares de Memória, os quais devem ser concebidos como bens
merecedores de tutela judicial como patrimônio cultural brasileiro.
15h15min
– 15h45min – Debate
15h45min
– 16h15min – Intervalo
8.
16h15mim – 16h30min
APROXIMAÇÕES
ENTRE HISTÓRIA E MEMÓRIA: UM ESTUDO A PARTIR DO MEMORIAL DO COLÉGIO FARROUPILHA
Eduardo Cristiano Hass da Silva – Mestrando
em História pela PUCRS. eduardo.cristiano@acad.pucrs.br
Milene Moraes de Figueiredo – Graduação em História pela PUCRS. milene.figueiredo@acad.pucrs.br
A História que surge com os Annales provoca o
surgimento de novos canteiros históricos. Através da História Cultural,
afirma-se um novo espaço de pesquisa: a História da Educação, que permite a
utilização da memória como fonte de pesquisa. Segundo Nora, estaríamos vivendo
uma crise histórica, perante a qual, torna-se necessário a criação de Locais de
memória. Neste estudo, mostraremos o potencial dos memoriais escolares (espaços
de memória) na realização de pesquisas históricas, tendo por estudo de caso, o
Memorial do Colégio Farroupilha. A escola guardou ao longo dos anos diversas
atas de reuniões, livros de correspondências, periódicos da escola, fotos e
outros documentos. No ano de 2002, decidiram criar um espaço de memória para a
escola, que atualmente consiste num espaço de pesquisa e atividade pedagógica.
Através desses materiais são preparadas aulas, oficinas e visitas guiadas para
os alunos da instituição, bem como são feitos trabalhos acadêmicos por
pesquisadores de diferentes universidades.
9,
16h30min – 16h45min
MONGE
JOÃO MARIA, PATRIMÔNIO IMATERIAL DAS POPULAÇÕES DO PLANALTO MERIDIONAL DO
BRASIL: METODOLOGIA DE PESQUISA
Gabriel Carvalho Kunrath – Graduando em
História Bacharelado – UFPEL. gabrielkunrath@icloud.com
Esta apresentação refere-se a um projeto que
busca restituir a trajetória da crença no monge João Maria nos estados de Rio
Grande do Sul, Paraná e Santa Catarina. Encontra-se em
processo de conclusão das duas
primeiras etapas do projeto, a cargo do professor Dr. Alexandre Karsburg, o
mapeamento dos caminhos percorridos pelos dois monges que peregrinaram pela
região utilizando o nome de João Maria. Nesse momento trabalho como voluntário
na terceira fase do projeto. Comentarei brevemente sobre o trabalho que a
equipe está realizando atualmente e a metodologia empregada para essa etapa.
Nesse estágio do trabalho, estamos coletando informações oriundas da internet e
de bibliografia especializada sobre o tema. Esses dados recolhidos são referentes aos locais da devoção
atual ao monge João Maria. Todos os frutos dessas
coletas são depositados em fichas, que serão utilizadas para a elaboração de um
quadro que reúna as principais informações de cada ficha, afim de montar um
mapa que apresente os locais de fé atribuídos ao monge João Maria no
planalto meridional do Brasil. Esta metodologia será mostrada através
da presente comunicação.
10.
16h45min – 17h
O MONGE
JOÃO MARIA E SUA DEVOÇÃO ATUAL: PATRIMÔNIO CULTURAL E IMATERIAL PARA A
POPULAÇÃO DO PLANALTO SUL BRASILEIRO
Graduando Gabriel Ribeiro da Silva - gabrieisribeiro@yahoo.com.br
Profa. Dra. Márcia Janete Espig –
Universidade Federal de Pelotas. marcia.espig@terra.com.br
Este trabalho tem como objetivo reconstruir a
crença no monge italiano João Maria de Agostini e do monge João Maria de Jesus
no planalto meridional do Brasil, mais precisamente no Rio Grande do Sul, Santa
Catarina e Paraná, entre os séculos XIX e XX. Os monges, envolvidos em
movimentos sociais dentro e fora do Brasil, deixaram nesses espaços marcas de
suas passagens, que os caracterizaram como peregrinos. Criando fama de
curandeiros e milagrosos entre os povos dessas regiões, os dois monges acabaram
conquistando uma legião devota que não soube diferenciar cada um, tornando-os
apenas um “santo” como foco de adoração. Através da crença popular nos monges,
o idealizado é constituir uma investigação sobre esse patrimônio cultural e
imaterial, com a criação de três mapas de devoção, de diferentes períodos
históricos, sendo o ultimo deles voltado para a devoção atual. Sobre este nos
deteremos nessa exposição.
11.
17h – 17h15min
PONTO DE MEMÓRIA LOMBA DO PINHEIRO: PATRIMÔNIO
INVENTARIADO
Márcia Isabel Teixeira de
Vargas – Graduanda em Museologia/UFRGS. Coordenadora REMRS
Cláudia Feijó da Silva –
Moradora do Bairro Lomba do Pinheiro. Historiadora. Conselheiras do P MLP.
Professoras Rede Pública /RS. jovv@uol.com.br
O Ponto de Memória Lomba
do Pinheiro na perspectiva museológica caracteriza-se pelo trabalho permanente
do patrimônio cultural, reconhecido por uma comunidade específica, em suas
diversas manifestações. Pela relevância das ações de registro, e constituição
de um acervo cuja temática propulsora é a memória e o protagonismo dos
indivíduos que organizados coletivamente promovem a transformação e melhoria da
qualidade de vida dos moradores do bairro.
O Programa Pontos de
Memória atende diferentes grupos sociais no sentido de dar voz aqueles que não
têm oportunidade de narrar as suas histórias e de compartilhar as suas memórias
contribuindo para o desenvolvimento de políticas públicas com base no Plano Nacional
Setorial de Museus e Plano Nacional da Cultura.
O processo de criação do
PMLP foi desenvolvido através da pesquisa junto aos moradores, objetivando
identificar os seus valores e as suas características sociais, além
trabalharmos em oficinas e seminários pontos relevantes, visando mobilizar os
moradores em prol da memória e da visão cidadã comprometidos com o
desenvolvimento do bairro através do patrimônio cultural. Resultando na exposição Lomba do Pinheiro:
patrimônio inventariado e itinerários culturais.
12.
17h15min – 17h30mim
NUMISMÁTICA,
HISTÓRIA, POLÍTICA E TRABALHO: UMA ABORDAGEM DO ACERVO DE BRUNO SEGALLA, CAXIAS
DO SUL – RS
Mariana Duarte – Doutoranda em Letras –
UCS/Associação ampla UniRitter – Bolsista PROSUP/CAPES.
A presente comunicação tem
como objetivo apresentar o andamento do projeto de tese submetido e aprovado em
junho de 2013, no Programa de Doutorado em Letras da Universidade de Caxias do
Sul/Associação ampla UniRitter, na linha de pesquisa
Leitura e Processos Culturais. O trabalho caracteriza-se em uma pesquisa sobre
a vida e a obra do artista caxiense Bruno Segalla (1922-2001), abordando
elementos históricos, políticos, culturais e socioeconômicos de Caxias do Sul
(RS) e região, por meio da análise e interpretação do conjunto de seu acervo
numismático, salvaguardado no Museu Instituto Bruno Segalla – localizado
atualmente nas dependências da Universidade de Caxias do Sul, na mesma cidade.
A análise das medalhas se dará, principalmente, partindo da formação e dos
pressupostos políticos do artista, com a intenção compreender seu papel e sua
contribuição na constituição e preservação da memória e do patrimônio cultural
local, a fim de caracteriza-lo como um importante personagem nos movimentos
políticos, trabalhistas e sócio históricos da região de colonização italiana,
sendo também influenciado por este meio.
13.
17h30min – 17h45min
OS
REGISTROS PAROQUIAIS DE CASAMENTO DE ESCRAVOS NA FREGUESIA DA MADRE DE DEUS DE
PORTO ALEGRE E A FAMÍLIA CATIVA: 1772 – 1822
Marina Camilo Haack – Universidade do Vale do
Rio dos Sinos. marina_haack@hotmail.com
As Constituições Primeiras do Arcebispado da
Bahia (1707) normatizavam a prática dos principais sacramentos católicos. Os
assentos de batismo, casamento e o óbito deveriam ser registrados em livros
específicos com informações padronizadas sobre cada um deles. Através da
análise do livro de casamento de escravos podemos construir um quadro
quantitativo sobre a escravidão na Madre de Deus de Porto Alegre entre os
séculos XVIII e XIX. A pesquisa está vinculada ao projeto de pesquisa Família e Sociedade no Brasil Meridional
entre as décadas de 1772 a 1835, orientado pela Profª Drª Ana Silvia Volpi
Scott e financiado pelo CNPq.
A metodologia adotada é predominantemente
quantitativa e utiliza-se de um banco de dados (NACAOB) para o cadastramento
dos registros paroquiais utilizados nesta comunicação.
Concomitante a esta análise quantitativa,
vamos realizar uma reflexão sobre os significados da família cativa e suas
estratégias dentro das senzalas. Em comparação com os registros de casamento da
população livre neste mesmo período, percebemos que estes tinham maior acesso
ao matrimônio. Esta ocorrência também será alvo de nossa atenção. Além disso,
pretende-se fazer uso de alguns dados quantitativos dos registros de batismos
de escravos para complementar e dar suporte ao nosso estudo.
14.
17h45min – 18h
ASPECTOS
DIVERSOS DA HISTÓRIA DA IMIGRAÇÃO ALEMÃ NO RIO GRANDE DO SUL ATRAVÉS DE
FOTOGRAFIAS: O ACERVO FOTOGRÁFICO DO MUSEU HISTÓRICO VISCONDE DE SÃO LEOPOLDO
Rodrigo Luis dos Santos – Mestrando em
Historia UNISINOS – Bolsista FAPERGS/CAPES. Historiador voluntário e
coordenador de Estágios do Museu Histórico Visconde de São Leopoldo - rluis.historia@gmail.com
A história da imigração alemã no Rio Grande
do Sul é marcada, nos últimos anos, por pesquisas que demonstram a complexidade
e a variedade de processos nos quais este grupo étnico e seus descendentes
estiveram envolvidos. Política, cultura, sociabilidade, esportes,
religiosidade, economia, artes, são apenas alguns exemplos. As fontes documentais, em seus mais variados
tipos, tem se constituído de base para uma historiografia renovada da história
da imigração, evidenciado suas múltiplas dimensões. Nosso objetivo, nesta
comunicação, é apresentar outra fonte que pode contribuir para ampliar as
possibilidades de análise histórica acerca da imigração alemã no Rio Grande do
Sul: a fotografia. Neste sentido, contemplamos o Acervo Fotográfico do Museu
Histórico Visconde de São Leopoldo – MHVSL, localizado na cidade de São Leopoldo/RS.
Fundado no ano de 1959, o MHVSL possui um acervo fotográfico de mais de 27 mil
fotos, que contemplam os mais diversos aspectos da imigração alemã e da
inserção deste grupo e de seus descendentes na sociedade rio-grandense e
nacional. Estas imagens demonstram elementos significativos das relações entre
este grupo étnico para com a sociedade receptora brasileira, corroborando para
uma perspectiva historiográfica renovada, que refuta o discurso de apatia e
isolamento social, cultural e político de imigrantes alemães e descendentes. A
partir desta perspectiva, procuramos demonstrar a importância das fontes
imagéticas para o enriquecimento e aprofundamento das pesquisas históricas, não
apenas como fontes complementares ou ilustrativas.
18h – 18h30min – Debate
17 de abril
1.
13h30min – 13h45min
AÇÕES
EDUCATIVAS DO MUSEU DE HISTÓRIA DA MEDICINA DO RS PARA ALÉM DO ESPAÇO MUSEAL: A
CAIXA DE RECURSOS “SABER PARA PREVENIR”
Gláucia Giovana Lixinski de Lima Külzer – Mestre em História
(UNISINOS), Responsável pelo Setor Educativo MUHM - glaucia.kulzer@simers.org.br
Juliana Rocha Gastring – Graduanda em
História (PUC), Estagiária do Setor Educativo MUHM – Juliana.rocha@simers.org.br
Alessandra dos Santos da Silva – Graduanda em
História (UFRGS), Estagiária do Setor Educativo MUHM - Alessandra.silva@simers.org.br
Diferentes ações educativas são oferecidas
aos estudantes de todas as idades que visitam o Museu, ou que participam dos
Projetos do MUHM. Essas atividades
ligadas à educação para o patrimônio possibilitam aliar de forma
lúdico-pedagógica conhecimento à criatividade.
Em 2013 o MUHM inaugurou a exposição “30 anos de AIDS no RS: a Medicina
vencendo a batalha” oportunizando o diálogo sobre HIV/AIDS e educação sexual
com professores e alunos no espaço do museu. O Setor Educativo pensando em
ampliar suas ações elaborou uma caixa de recursos: “saber para prevenir” que
fornecia algumas sugestões de materiais para os professores utilizarem em sala
de aula antes da visita dos alunos ao Museu. Essa iniciativa do Setor Educativo
parte da ideia de que a educação se realizar em vários ambientes sociais e
culturais. O MUHM busca uma parceria permanente e não somente efetivada em
momentos de visitação com as instituições educativas. As ações educativas,
oferecidas têm como proposta de reforçar, ilustrar e discutir abordagens e
enfoques desenvolvidos em sala de aula.
Estas trocas de conhecimentos enriquecem o aprendizado dos alunos e
fornecem subsídios para que o professor possa continuar desenvolvendo seu
conteúdo fora do espaço escolar.
2. 13h45min – 14h
OFICINA OS TESOUROS DA FAMÍLIA
ARQUIVO E CAIXA PEDAGÓGICA ÁFRICA NO ARQUIVO: AÇÕES EDUCATIVAS NO ARQUIVO PÚBLICO DO ESTADO DO RS E PATRIMÔNIO NEGRO
Clarissa de Lourdes
Sommer Alves – Historiadora, Arquivo Público do Estado do Rio Grande do
Sul. clarissa-alves@sarh.rs.gov.br
Nesta comunicação
apresento e problematizo a oficina de Educação Patrimonial Os Tesouros da
Familia Arquivo e a caixa pedagogica AfricaNoArquivo como ações educativas
desenvolvidas no Arquivo Público do Estado do Rio Grande do Sul (APERS) que
evidenciam as potencialidades do patrimônio documental para a análise,
apropriação e valorização da história, da cultura e das memórias negras
afro-brasileiras em nosso estado. A oficina vem sendo realizada nas
dependências do Arquivo em parceria com a UFRGS desde 2009 com turmas dos 6º e
7º anos do Ensino Fundamental. A caixa AfricaNoArquivo foi produzida em 2014 e
está sendo distribuída como doação para 700 escolas públicas e outras
instituições de ensino e de memória. Ambas ações foram construidas a partir do
acervo custodiado pelo APERS, documentos manuscritos produzidos em meio a uma
sociedade escravista, mas que registram diversos fragmentos importantes da
trajetória de sujeitos históricos que foram escravizados, lutaram pela
liberdade e por melhores condições de vida. A partir dessas ações busco
evidenciar também a relevância e pertinência da realização de ações educativas
em arquivos e demais instituições de memória, que podem contribuir sobremaneira
para os processos de ensino aprendizagem e para a efetivação da Lei 10.639.
3. 14h – 14h15min
RELATÓRIO
DE PESQUISA SOBRE A FOTOGRAFIA “ANTIGOS CARREGADORES DE DOCAS”
Naiara M. R. G. de Assunção – UFRGS. naiara.rotta@gmail.com
Trabalho resultado do Estágio
Obrigatório de Bacharelado, necessário para obtenção de grau em História –
Bacharelado pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS). O estágio
foi realizado no Museu Julio de Castilhos entre março e junho de 2014, com
orientação da pesquisadora Jane Mattos. Tal trabalho consistiu na pesquisa
histórica relacionada a uma fotografia do acervo intitulada “Antigos
carregadores de Doca”. Escolheu-se essa foto por ser uma imagem conhecida,
muito utilizada de diversas formas em publicações, blogs, exposições, estando
ligada à memória da comunidade negra em Porto Alegre. No entanto, pouco se sabe
sobre esta fotografia tanto em relação a sua origem física nos acervos de
museus quanto em relação a sua produção. A pesquisa buscou resgatar a
trajetória desta fotografia nas instituições museológicas porto alegrenses,
atentando o para o fato de ser recente a preocupação com a constituição de uma
memória histórica de Arquivos, Museus e Instituições Públicas em nossa cidade.
Também buscou-se conhecer mais sobre o desenvolvimento da fotografia em Porto
Alegre, capitaneado pelas casas Ferrari e Caligari, relacionando com a memória
imagética da cidade e da comunidade afro-descendente.
4.
14h15min – 14h30min
MUSEUS
ESCOLARES DE HISTÓRIA EM PORTO ALEGRE: MEMÓRIA E PATRIMÔNIO EDUCATIVO
Nara Beatriz Witt – Mestranda em História da Educação/Bolsista
CNPQ-UFRGS. Programa de Pós Graduação em Educação/UFRGS. narabewitt@gmail.com
Esta
apresentação é parte do resultado do Trabalho de Conclusão de Curso em
Museologia, que abordou os museus escolares, tema que continua a ser
investigado no Mestrado em História da Educação. A pesquisa partiu de um
mapeamento com o objetivo principal de identificar o maior número desses
espaços no âmbito da cidade de Porto Alegre. O presente trabalho apresenta os
museus, memoriais e acervos da cultura material escolar que foram localizados.
Para apreensão do objeto de estudo constitui um quadro histórico que busca
verificar os antecedentes dos museus escolares criados no final do século XIX,
vinculados à renovação no método de ensino, inseridos em um contexto de criação
dos primeiros museus brasileiros. Constata uma preocupação com a memória
escolar e a preservação do patrimônio educativo em um momento mais recente, a
partir do final do século XX, como motivação para criação de novos museus,
considerados nesse estudo como “museus escolares de História”. Destaca a
importância do patrimônio educativo para a História do ensino e dos museus,
apontando a aproximação entre Museologia, História e Educação para
compreendê-los. Indica a relevância em dar visibilidade aos museus escolares
como forma de contribuir para seu estudo, sinalizando novas possibilidades de
investigações.
5. 14h30min
– 14h45min
O ELEGANTE SPORT - EVOCANDO O CICLISMO DO TEMPO DA UNIÃO VELOCIPÉDICA DE
AMADORES E DA RADFAHRER VEREIN BLITZ
Natália
de Noronha Santucci – Mestranda em História - PUCRS/Bolsa Capes. nataliasantucci@gmail.com
Esta
comunicação faz uma abordagem parcial da pesquisa em desenvolvimento no
PPGH/PUCRS sobre ciclismo e indumentária em Porto Alegre no intervalo de 1895 a
1905. Aqui evocaremos a memória das associações de ciclismo que existiram no período
- a União Velocipédica de Amadores e a Radfahrer
Verein Blitz.
Abordaremos
o contexto urbano no qual o ciclismo se difundiu, a construção de espaços
específicos para as corridas de bicicleta - os velódromos - as relações de
sociabilidade e identidade estabelecidas pela prática esportiva, alguns
exemplos dos trajes no cenário do esporte, e também a decadência do ciclismo em
função do surgimento de novos interesses.
Todos
estes aspectos nos permitem resgatar um pouco o “elegante sport”, que uma vez movimentou um expressivo número de
entusiastas, do esquecimento.
Perto
dos 120 anos de fundação do primeiro clube de ciclismo, a investigação segue
com base em fontes bibliográficas, notícias e análise de imagens, dialogando
com o presente por meio da atual discussão sobre a presença das bicicletas nas
cidades.
6.
14h45min – 15h
SAÚDE E POBREZA: EXPERIÊNCIAS POPULARES DE SAÚDE,
TRABALHO E FAMÍLIA NO ACERVO DO CENTRO
HISTÓRICO-CULTURAL SANTA CASA (PORTO ALEGRE)
Giane Caroline
Flores(Pratic/Unisinos); Priscilla Almaleh(Cnpq/Unisinos); Vinicius Furquim de
Almeida(Fapergs/Unisinos); Rafael Reis, (Unibic/Unisinos); Paulo R. S.
Moreira(Unisinos) moreirast@terra.com.br
Exploraremos as potencialidades
de pesquisa de algumas fontes produzidas pela Santa Casa de Misericórdia de
Porto Alegre e que servem de observatório para o estudo das experiências
populares. Serão reunidas três investigações, que tem sido construídas de forma
paralela e complementar. A primeira pesquisa tem um recorte sócio-profissional,
focando os indivíduos ali tratados, inseridos em mecanismos de controle social,
como a polícia. A segunda optou por abordar as variáveis gênero e categoria
socioeconômica, privilegiando as mulheres populares. A terceira investigação
foca a população negra, selecionando os pacientes pelo seu pertencimento
étnico-racial. No Centro
Histórico-Cultural Santa Casa (Porto Alegre) encontram-se os livros de registro
de pacientes e de Porta, contendo os seguintes dados: Nome, sexo, idade, cor,
naturalidade, filiação, profissão, estado civil, classes (forma de pagamento),
endereço, por quem remetido, data de saída, observação (indicando como se deu a
alta: curado, morto, a pedido). Mesmo após 1889 a cor continua aparecendo nestes
registros, certamente por ser um item importante ao diagnóstico médico.
Propomos, então, apresentar resultados preliminares destas três investigações,
enfocando temas como saúde, trabalho, moradia e família.
7.
15h – 15h15min
PORTO
ALEGRE E SEUS PATRIMÔNIOS CULTURAIS A PARTIR DO JORNAL ZERO HORA
Luis Fernando Herbert Massoni – Mestrando do
Programa de Pós-graduação em Comunicação e Informação (UFRGS). luisfernandomassoni@gmail.com
O trabalho reflete sobre os imaginários
urbanos e sua relação com os patrimônios culturais da cidade de Porto Alegre a
partir das informações veiculadas pelo jornal impresso. As informações sobre a
cidade divulgadas pelo periódico contribuem para a construção e no fortalecimento
de imaginários urbanos. O patrimônio cultural é formado através da atribuição
de valor feita pelos cidadãos aos elementos da cidade. O estudo analisa as
informações sobre o patrimônio cultural de Porto Alegre divulgadas no jornal
impresso Zero Hora. Mapeia os patrimônios culturais identificados, para melhor
visualizar as representações sobre cada região da cidade. A pesquisa foca nas
narrativas construídas pelo jornal, identifica quais símbolos da cidade são
destacados pelo periódico e os atores sociais que se manifestam por meio dele,
o que caracteriza o jornal como mediador dos debates a respeito da história, da
memória e dos patrimônios da cidade. Conclui que as informações divulgadas no
meio impresso auxiliam na mediação e construção das representações sobre a
cidade, bem como no estabelecimento de imaginários urbanos, ao mesmo tempo em
que fortalecem determinadas visões sobre o seu patrimônio cultural.
15h15min
– 15h45min – Debate
16h45min
– 16h15min - Intervalo
8.
16h15mim – 16h30min
A VEZ, A VOZ
E A PALAVRA: RELATOS SOBRE O PROJETO “BIOGRAFIA
A POSTERIORI” NO MUSEU DO CENTRO HISTÓRICO-CULTURAL SANTA CASA
Amanda Mensch
Eltz. Centro Histórico-Cultural Santa Casa. amanda.eltz@santacasa.tce.br
Renata Dariva Costa . Centro Histórico-Cultural Santa Casa. renatadariva@yahoo.com.br
Este trabalho
visa relatar o projeto “Biografia a
Posteriori”, programa de reconstrução da memória histórica e social realizado
no Museu Joaquim Francisco do Livramento, do Centro Histórico-Cultural Santa
Casa (CHCSC), através da Metodologia de História Oral.
Partindo do princípio que não existe patrimônio cultural museológico
sem a ação humana de conferir valor, significado ou importância ao artefato,
vê-se no sujeito e na sua fala a voz
interlocutória dos diferentes saberes, práticas, valores, sentidos, usos e
significados, tão fundamentais para o processo de reconstrução das memórias. Tecer
relações entre “Comunidade e Museu” é um fator extremamente importante, pois o
espaço museológico se torna assim um cenário de democratização da memória e
lugar de transformação, reconhecimento e representação social.
Este programa “Biografia a
Posteriori” objetiva entrevistar personagens sociais que pertencem ou
pertenceram as diferentes comunidades envolvidas socialmente com a Santa Casa
de Misericórdia de Porto Alegre (SCMPA). O projeto atualmente possibilita a
reconstrução do histórico de utilização dos bens materiais presentes no acervo
do Museu, como também, da identidade do local produtor desta cultura à SCMPA.
9,
16h30min – 16h45min
PATRIMÔNIO
E IDENTIDADE: A CONFECÇÃO DE PIPAS E A PRODUÇÃO ARTESANAL DE VINHO NA COLÔNIA
MACIEL EM PELOTAS/RS
Cristiano Gehrke – Universidade Federal de
Pelotas. cristianogehrke@gmail.com
A Colônia Maciel,
localizada no interior do município de Pelotas/Rio Grande do Sul, é uma região
que recebeu no século XIX, sucessivas levas de imigrantes sobretudo italianos.
O isolamento geográfico fez com que muitas das práticas culturais destes
imigrantes e de seus descendentes se mantivessem preservadas com o passar dos
anos.
Dentre estes
processos que foram transmitidos de geração em geração e constantemente
recriados pela comunidade em função de seu ambiente e de sua interação com a
natureza, temos a produção artesanal do vinho e a fabricação das pipas de
madeira. Percebemos que tais processos contribuíram de forma bastante
significativa, na geração de um sentimento de identidade, configurando-se tais
práticas, como integrantes do chamado patrimônio cultural de natureza
imaterial.
Desta forma,
pretende-se analisar no presente trabalho, como estas práticas, influenciam na
manutenção da identificação deste grupo como “italianos” bem como qual foi o
papel do Museu Etnográfico da Colônia Maciel neste processo.
10.
16h45min – 17h
INFORMATIVO
O BANRISUL E O CLUBE RECREATIVO DOS
CONTÍNUOS: FONTE PARA O ESTUDO DA
HISTÓRIA SOCIAL DOS BANCÁRIOS AFRODESCENDENTES
Jane Rocha de Mattos – Museu Banrisul. jmattos@cpovo.net
No ano de 1947, é editado pelos funcionários
do Banco do Rio Grande do Sul, o informativo O Banrisul – Órgão Mensal dos
Funcionários do Banco do Rio Grande do Sul, de distribuição gratuita, que
circulou internamente entre os anos de 1947 a 1959. O informativo veiculava
imagens e textos escritos e editados pelo corpo funcional, que era o principal
colaborador deste. Colocando-se como porta-voz dos funcionários, entre seus
objetivos estava expressar as manifestações dos banrisulenses.
Em 30 de setembro de 1948, um grupo de
funcionários, que exerciam a função de contínuos, funda uma nova agremiação
bancária, o Clube Recreativo dos Contínuos,
que é anunciada no O Banrisul. Nas
edições posteriores, são publicados vários textos sobre esse novo clube e suas
atividades, único dentro do banco, o que ensejou indagações sobre os seus
fundadores e suas práticas durante décadas em que o referido foi publicado.
Esta comunicação propõe a apresentação do informativo O Banrisul como fonte para o estudo dos afrodescendentes e suas
trajetórias coletivas e individuais.
11.
17h – 17h15min
“O VALE DOS
ALEMÃES”? MEMÓRIA, PATRIMÔNIO E A DIVERSIDADE CULTURAL NO VALE DO TAQUARI
Márcia Solange
Volkmer – Centro Universitário Univates. marciavolkmer@yahoo.com
Este trabalho
apresenta algumas ações desenvolvidas no âmbito da formação de professores de
História na cidade de Lajeado/RS. Inserida em uma região na qual a colonização
de imigrantes europeus foi representativa, a cidade não se reconhece
culturalmente diversa, e a história privilegia alguns grupos sociais
específicos. Nesse sentido, considera-se fundamental desenvolver um trabalho de
estudo e sensibilização dos futuros professores em relação à diversidade
cultural do Vale do Taquari. Além das pesquisas que vinculem o patrimônio dos
europeus, indígenas e africanos na configuração social das cidades, os
licenciandos elaboram propostas de educação patrimonial. Os bolsistas do Pibid
História igualmente estão inseridos na proposta, e elaboram atividades que são
desenvolvidas nas escolas. Em 2014 desenvolveu-se o
projeto “Conhecendo a história local”.
Na modalidade de oficinas, foram estudados os conceitos de memória e patrimônio
cultural, e aspectos relativos ao ofício do historiador, com estudo sobre as
fontes históricas, pesquisa e preservação. Também foram realizadas visitas
guiadas aos lugares de memória da
cidade. Nesse sentido, o projeto permite uma
reflexão a partir das experiências em sala de aula, possibilitando o
reconhecimento da diversidade cultural do Vale do Taquari.
12.
17h15min – 17h30min
REGISTRANDO
E PRESERVANDO IMAGENS DO QUE FOI ESCONDIDO: O PROJETO VÍDEO NAS ALDEIAS E A
APLICAÇÃO MUSEOLÓGICA
Mireli
Castilhos Oliveira – Universidade Federal do Rio Grande do Sul. mireli.oli@gmail.com
O
objetivo deste trabalho é refletir sobre a produção de filmes e documentários
realizados pelo projeto Vídeo nas Aldeias, considerando suas ações como
ferramentas de preservação da memória das tribos indígenas brasileiras e de seu
patrimônio cultural. Para tal, é preciso fazer uma breve contextualização da
problemática do índio no Brasil, que por vezes é retratado como um sujeito
“exótico”, sendo ignorados os seus contextos socioculturais. A metodologia é
baseada em análises de bibliografia sobre o tema e vídeos produzidos pelo
projeto. Foram considerados três vídeos de autoria de Vincent Carelli,
idealizador do projeto, em parceria com tribos associadas ao Vídeo nas Aldeias.
Também foram consideradas outras atividades realizadas pelo projeto, assim como
o ato de usar a filmagem como um meio de preservação cultural e de divulgação
de interesses políticos. De acordo com o viés das teorias e práticas
museológicas, é ressaltada a importância da documentação por meio de vídeos, a
fim de promover a preservação de um patrimônio imaterial. A conclusão é uma
relação das práticas do projeto Vídeo nas Aldeias à área museológica e suas
devidas aplicações.
13.
17h30min – 17h45min
PHANTOM: A TRAJETÓRIA DE UM INSTRUMENTO
MÉDICO-PEDAGÓGICO
Os acervos do Centro Histórico-Cultural Santa
Casa e do Museu de História da Medicina do Rio Grande do Sul são formados por
documentos, objetos e depoimentos que auxiliam na recuperação das atividades
que envolvem as práticas de saúde na história do estado. Podemos encontrar em
ambos o “Phantom”: máquinas confeccionadas para o exercício pedagógico de
alguns dos ofícios da Obstetrícia, criado no século XVII.
As duas instituições possuem um representante
desse objeto que, embora tenham a mesma função, possuem características
originais que os tornam representantes unos de seus contextos. Utilizados como
recursos educativos às parteiras - um no interior, outro na capital do estado -
eles podem ser tidos como reflexos da sociedade que os construiu. Assim, nos
apropriamos das atuais reflexões sobre a história da medicina, da educação
patrimonial e do contexto histórico-social em que eles estavam inseridos para
analisar esses objetos de forma comparativa, identificando suas possibilidades
enquanto acervo museológico e fonte histórica.
Ressaltando seu caráter pedagógico no viés da
prática de saúde e, não por menos, sua originalidade centenária, os “Phantom”
são empregados aqui como fontes representativas da história social e da saúde
do estado do Rio Grande do Sul.
14.
17h45min – 18h
Rosangela
C. R. Ramos – PPGH/UNISINOS. rosangelaramos.historia4@gmail.com
O
presente trabalho trata sobre o Acervo Benno Mentz (ABM). Este acervo é, muitas
vezes, caracterizado como um representante do patrimônio e memória sobre os
colonizadores alemães e seus descendentes, no Rio Grande do Sul. Contem
inumerável documentação que se refere à temática da colonização, como imprensa
(majoritariamente, em idioma alemão), correspondências, materiais iconográficos
e fonográficos, além de uma biblioteca, um arquivo genealógico e os arquivos
das empresas da família Mentz. A partir das fontes existentes no próprio acervo
foi elaborado um estudo para identificar elementos de sua formação,
deslocamentos e preservação. Mesmo que a descrição dos tipos documentais seja
breve, ela serve para demonstrar a diversidade do ABM ,e, sua capacidade de
apoiar estudos, em diversos campos do saber.
18h – 18h30min – Debate
Amanda
Basilio Santos
- Bacharela em História (UFPel), mestranda em
História na linha Arte e Conhecimento Histórico (UFPel) e com Especialização em
andamento em Artes na linha de Patrimônio Cultural (UFPel) amanda_hatsh@yahoo.com.br
Este trabalho
pretende fazer breves apontamentos sobre a arquitetura românica na Inglaterra,
abordando suas regras gerais de constituição e suas peculiaridades. Acima de
tudo intencionamos analisar os elementos estéticos na simbologia religiosa
estabelecida na igreja de St Mary e St David em Kilpeck, Herefordshire construída
no século XII para a compreensão do contexto histórico local. Para tanto, a
princípio é feito uma breve análise das características clássicas da
arquitetura românica e seu sistema construtivo, para depois ser visto a
arquitetura e estética da igreja de Kilpeck, e suas características simbólicas,
neste estudo definido como rítmica arquitetônica.
Destacando que o
patrimônio tangível resguarda características culturais específicas,
pretendemos destacar a existência do patrimônio imaterial particular desta
região interiorana da Inglaterra, demonstrando a vasta diversidade cultural do
período medieval. Através da compreensão simbólica dada aos elementos
arquitetônicos, tanto aqueles que são partes integrantes da estrutura como da
ornamentação, será possível compreender o sentido dado a distribuição dos
espaços e dos símbolos que complementam estes espaços da igreja. Será feito
então uma análise deste elementos à luz dos conceitos de Patrimônio Imaterial,
Circularidade Cultural e Hibridismo Cultural.
3. 14h – 14h15min
O
ACERVO DE OBRAS RARAS DO MUSEU DE HISTÓRIA DA MEDICINA DO RIO GRANDE DO SUL,
SUAS ESPECIFICIDADES E POSSIBILIDADES DE PESQUISA
Mauri Zanirati Silveira Júnior – Graduando em
História, estagiário do Setor de Pesquisa e Acervo do Museu de história da
Medicina do Rio grande do Sul. maurizanirati@gmail.com
Angela Beatriz Pomatti – Mestre em História,
coordenadora do Setor de Pesquisa e Acervo do Museu de história da Medicina do
Rio grande do Sul. angelapomatti@yahoo.com.br
Esse trabalho tem como objetivo principal
apresentar o acervo de Obras Raras pertencentes à Seção de Acervo Bibliográfico
do Museu de História da Medicina do Rio Grande do Sul, elencando e
exemplificando as características e especificidades que levaram esses livros a
serem classificados desta forma.
O acervo de Obras Raras é composto por cerca
de 520 livros, que assim foram classificadas em função de características como:
o período histórico em que foram escritos, a importância do autor, o número de
exemplares produzidos ou existentes atualmente, as pessoas a quem essas obras
pertenceram, e ainda, se as mesmas possuem alguma anotação ou assinatura dos
autores ou de seus acumuladores. As obras estão organizadas, separadas em
trinta e sete categorias relativas às especialidades médicas ou assuntos a que
elas pertencem. Todo este acervo é proveniente de doações, realizadas
principalmente por médicos do estado.
Com esta apresentação pretendemos demonstrar
ainda a riqueza de possibilidades de temas e de pesquisas que podem ser
realizados utilizando este acervo de Obras Raras.
4.
14h15min – 14h30min
EDUCAÇÃO
PATRIMONIAL NO ESPAÇO FORMAL DE ENSINO
Camila Rola Alves – Universidade Federal do
Rio Grande. crolaalves@gmail.com
Esta proposta de comunicação oral tem por
objetivo destacar alguns pontos do trabalho realizado com uma turma do 4° ano
na cidade do Rio Grande, no ano de 2014. Para tanto, utilizamos a metodologia
da Educação Patrimonial, a qual tem como objetivo levar os sujeitos,
independente da idade, a um processo de conhecimento, valorização e preservação
dos bens culturais; sendo assim, a Educação Patrimonial representa uma
ferramenta muito interessante de ser utilizada na sala de aula, já que a mesma
promove o contato direto do individuo com os bens culturais. Ao trabalharmos
com esta metodologia na sala de aula, buscamos mesclar aulas relacionadas à
história da cidade, com saídas de campo para que os alunos observassem o que
foi abordado na sala de aula, tendo em vista que, ao pensarmos a Educação
Patrimonial no espaço escolar, objetivamos trabalhar com as crianças buscando a
educação, o despertar do olhar à preservação e trabalho com a história e as
memórias locais.
5.
14h30min – 14h45min
RIO
PIRATINI: UM LUGAR DE CONSTRUÇÃO DE HISTÓRIA E MEMÓRIA DO MUNICÍPIO DE PEDRO
OSÓRIO (RS)
Tatiana Carrilho Pastorini Torres –
Universidade Federal do Rio Grande (FURG). tatypastorini@yahoo.com.br
Carmem G. Burgert Schiavon – Universidade
Federal do Rio Grande (FURG). cgbschiavon@yahoo.com.br
A presente
proposta de comunicação visa destacar parte da pesquisa relacionada à
Dissertação de Mestrado intitulada “Educação Patrimonial na Escola: uma
experiência entre o ensino de História e o Patrimônio Cultural em Pedro Osório
(RS)”, a qual objetivou o desenvolvimento de um novo direcionamento de reflexão
e questionamentos na prática de ensino de História a partir do uso da
metodologia da Educação Patrimonial. Para tanto, elaborou-se em conjunto com os
alunos da Rede Básica de Ensino, alguns roteiros e percursos patrimoniais pela
cidade de Pedro Osório (localizada no sul do Estado do Rio Grande do Sul) a fim
de se identificar, registrar e valorizar os bens culturais locais. Além disso,
por meio da educação do olhar, propiciou-se a utilização da própria cidade como
recurso de aprendizado e construção do conhecimento histórico.
6.
14h45min – 15h
PATRIMÔNIO
ARQUEOLÓGICO SALVAGUARDADO E O ACESSO À MEMÓRIA
Daiane Pereira – Mestranda do programa de
pós-graduação em Arqueologia da Universidade Federal de Sergipe e pesquisadora
colaborada do Núcleo de Pesquisa Arqueológica do Instituto de Pesquisas
Científicas e Tecnológicas do Estado do Amapá. daianepereira.dp@gmail.com
As coleções arqueológicas salvaguardadas em
reservas técnicas representam cerca de 90% do patrimônio arqueológico nacional.
Na comunicação proposta irei discutir o potencial de extroversão da reserva técnica do Laboratório de Arqueologia Peter
Hilbert, problematizando a possibilidade de um equilíbrio entre a conservação e
a extroversão do patrimônio arqueológico. O Objetivo é fomentar a discussão
sobre o caráter predominantemente restritivo das reservas técnicas e a
importância do acesso às coleções no processo de democratização do patrimônio
cultural. Para tal discussão irei me apoiar nos pressupostos interdisciplinares
da curadoria de acervos, trazendo exemplos de como a reserva técnica pode ser
utilizada como mecanismo de extroversão. Ao reconhecer a função social da
reserva técnica almejo contribuir na identificação de novos caminhos de
significação dos acervos e na construção de memórias, atendendo os anseios
contemporâneos da sociedade por uma maior participação nos processos de
construção cultural. Acredito que a extroversão a partir das reservas técnicas
pode expandir a participação da sociedade nas questões que envolvem o
patrimônio e memória, indagando a limitação dos processos de comunicação do
patrimônio arqueológicos e a real aproximação do público com esses bens.
7.
15h – 15h15min
A MEMÓRIA DAS VIOLAÇÕES DE DIREITOS HUMANOS
COMO PATRIMÔNIO CULTURAL: POSSIBILIDADES DE ESTUDO DO CASO MANOEL FIEL FILHO
Diego Oliveira de Souza – Técnico do Ministério Público Federal. Doutorando em História pela UFSM. diego.o.souza@hotmail.com
Este trabalho é composto de abordagem
interdisciplinar, destacando-se a perspectiva historiográfica e jurídica.
Partindo do Caso Manoel Fiel Filho, o objetivo central é investigar a forma
como órgãos do Poder Judiciário brasileiro se relacionam com a justiça de
transição e a defesa da memória das violações de direitos humanos. Em especial,
trata da constituição dos Lugares de Memória da violência estatal, os quais
podem ser considerados bens culturais destinados à reparação simbólica das
vítimas e à produção de conhecimento histórico.
Para atender esta demanda,
formulou-se a seguinte questão: qual
é a forma jurídico-política adotada
pela democracia brasileira, para promover a responsabilização e a reparação aos
abusos de direitos humanos, praticados contra o operário Manoel Fiel Filho, no
ano de 1976? Ademais, sustenta-se
que a morte de Manoel Fiel Filho não é lembrada, pelo Estado brasileiro, de
forma a colaborar com o conjunto de medidas de reparação às violações de
direitos humanos, perpetradas no período de 1964-1985. Deste modo, o
conhecimento histórico das violações de direitos humanos pode ser constituído
por meio dos Lugares de Memória, os quais devem ser concebidos como bens
merecedores de tutela judicial como patrimônio cultural brasileiro.
15h15min
– 15h45min – Debate
15h45min
– 16h15min – Intervalo
8.
16h15mim – 16h30min
APROXIMAÇÕES
ENTRE HISTÓRIA E MEMÓRIA: UM ESTUDO A PARTIR DO MEMORIAL DO COLÉGIO FARROUPILHA
Eduardo Cristiano Hass da Silva – Mestrando
em História pela PUCRS. eduardo.cristiano@acad.pucrs.br
Milene Moraes de Figueiredo – Graduação em História pela PUCRS. milene.figueiredo@acad.pucrs.br
A História que surge com os Annales provoca o
surgimento de novos canteiros históricos. Através da História Cultural,
afirma-se um novo espaço de pesquisa: a História da Educação, que permite a
utilização da memória como fonte de pesquisa. Segundo Nora, estaríamos vivendo
uma crise histórica, perante a qual, torna-se necessário a criação de Locais de
memória. Neste estudo, mostraremos o potencial dos memoriais escolares (espaços
de memória) na realização de pesquisas históricas, tendo por estudo de caso, o
Memorial do Colégio Farroupilha. A escola guardou ao longo dos anos diversas
atas de reuniões, livros de correspondências, periódicos da escola, fotos e
outros documentos. No ano de 2002, decidiram criar um espaço de memória para a
escola, que atualmente consiste num espaço de pesquisa e atividade pedagógica.
Através desses materiais são preparadas aulas, oficinas e visitas guiadas para
os alunos da instituição, bem como são feitos trabalhos acadêmicos por
pesquisadores de diferentes universidades.
9,
16h30min – 16h45min
MONGE
JOÃO MARIA, PATRIMÔNIO IMATERIAL DAS POPULAÇÕES DO PLANALTO MERIDIONAL DO
BRASIL: METODOLOGIA DE PESQUISA
Gabriel Carvalho Kunrath – Graduando em
História Bacharelado – UFPEL. gabrielkunrath@icloud.com
Esta apresentação refere-se a um projeto que
busca restituir a trajetória da crença no monge João Maria nos estados de Rio
Grande do Sul, Paraná e Santa Catarina. Encontra-se em
processo de conclusão das duas
primeiras etapas do projeto, a cargo do professor Dr. Alexandre Karsburg, o
mapeamento dos caminhos percorridos pelos dois monges que peregrinaram pela
região utilizando o nome de João Maria. Nesse momento trabalho como voluntário
na terceira fase do projeto. Comentarei brevemente sobre o trabalho que a
equipe está realizando atualmente e a metodologia empregada para essa etapa.
Nesse estágio do trabalho, estamos coletando informações oriundas da internet e
de bibliografia especializada sobre o tema. Esses dados recolhidos são referentes aos locais da devoção
atual ao monge João Maria. Todos os frutos dessas
coletas são depositados em fichas, que serão utilizadas para a elaboração de um
quadro que reúna as principais informações de cada ficha, afim de montar um
mapa que apresente os locais de fé atribuídos ao monge João Maria no
planalto meridional do Brasil. Esta metodologia será mostrada através
da presente comunicação.
10.
16h45min – 17h
O MONGE
JOÃO MARIA E SUA DEVOÇÃO ATUAL: PATRIMÔNIO CULTURAL E IMATERIAL PARA A
POPULAÇÃO DO PLANALTO SUL BRASILEIRO
Graduando Gabriel Ribeiro da Silva - gabrieisribeiro@yahoo.com.br
Profa. Dra. Márcia Janete Espig –
Universidade Federal de Pelotas. marcia.espig@terra.com.br
Este trabalho tem como objetivo reconstruir a
crença no monge italiano João Maria de Agostini e do monge João Maria de Jesus
no planalto meridional do Brasil, mais precisamente no Rio Grande do Sul, Santa
Catarina e Paraná, entre os séculos XIX e XX. Os monges, envolvidos em
movimentos sociais dentro e fora do Brasil, deixaram nesses espaços marcas de
suas passagens, que os caracterizaram como peregrinos. Criando fama de
curandeiros e milagrosos entre os povos dessas regiões, os dois monges acabaram
conquistando uma legião devota que não soube diferenciar cada um, tornando-os
apenas um “santo” como foco de adoração. Através da crença popular nos monges,
o idealizado é constituir uma investigação sobre esse patrimônio cultural e
imaterial, com a criação de três mapas de devoção, de diferentes períodos
históricos, sendo o ultimo deles voltado para a devoção atual. Sobre este nos
deteremos nessa exposição.
11.
17h – 17h15min
PONTO DE MEMÓRIA LOMBA DO PINHEIRO: PATRIMÔNIO
INVENTARIADO
Márcia Isabel Teixeira de
Vargas – Graduanda em Museologia/UFRGS. Coordenadora REMRS
Cláudia Feijó da Silva –
Moradora do Bairro Lomba do Pinheiro. Historiadora. Conselheiras do P MLP.
Professoras Rede Pública /RS. jovv@uol.com.br
O Ponto de Memória Lomba
do Pinheiro na perspectiva museológica caracteriza-se pelo trabalho permanente
do patrimônio cultural, reconhecido por uma comunidade específica, em suas
diversas manifestações. Pela relevância das ações de registro, e constituição
de um acervo cuja temática propulsora é a memória e o protagonismo dos
indivíduos que organizados coletivamente promovem a transformação e melhoria da
qualidade de vida dos moradores do bairro.
O Programa Pontos de
Memória atende diferentes grupos sociais no sentido de dar voz aqueles que não
têm oportunidade de narrar as suas histórias e de compartilhar as suas memórias
contribuindo para o desenvolvimento de políticas públicas com base no Plano Nacional
Setorial de Museus e Plano Nacional da Cultura.
O processo de criação do
PMLP foi desenvolvido através da pesquisa junto aos moradores, objetivando
identificar os seus valores e as suas características sociais, além
trabalharmos em oficinas e seminários pontos relevantes, visando mobilizar os
moradores em prol da memória e da visão cidadã comprometidos com o
desenvolvimento do bairro através do patrimônio cultural. Resultando na exposição Lomba do Pinheiro:
patrimônio inventariado e itinerários culturais.
12.
17h15min – 17h30mim
NUMISMÁTICA,
HISTÓRIA, POLÍTICA E TRABALHO: UMA ABORDAGEM DO ACERVO DE BRUNO SEGALLA, CAXIAS
DO SUL – RS
Mariana Duarte – Doutoranda em Letras –
UCS/Associação ampla UniRitter – Bolsista PROSUP/CAPES.
13.
17h30min – 17h45min
OS
REGISTROS PAROQUIAIS DE CASAMENTO DE ESCRAVOS NA FREGUESIA DA MADRE DE DEUS DE
PORTO ALEGRE E A FAMÍLIA CATIVA: 1772 – 1822
Marina Camilo Haack – Universidade do Vale do
Rio dos Sinos. marina_haack@hotmail.com
As Constituições Primeiras do Arcebispado da
Bahia (1707) normatizavam a prática dos principais sacramentos católicos. Os
assentos de batismo, casamento e o óbito deveriam ser registrados em livros
específicos com informações padronizadas sobre cada um deles. Através da
análise do livro de casamento de escravos podemos construir um quadro
quantitativo sobre a escravidão na Madre de Deus de Porto Alegre entre os
séculos XVIII e XIX. A pesquisa está vinculada ao projeto de pesquisa Família e Sociedade no Brasil Meridional
entre as décadas de 1772 a 1835, orientado pela Profª Drª Ana Silvia Volpi
Scott e financiado pelo CNPq.
A metodologia adotada é predominantemente
quantitativa e utiliza-se de um banco de dados (NACAOB) para o cadastramento
dos registros paroquiais utilizados nesta comunicação.
Concomitante a esta análise quantitativa,
vamos realizar uma reflexão sobre os significados da família cativa e suas
estratégias dentro das senzalas. Em comparação com os registros de casamento da
população livre neste mesmo período, percebemos que estes tinham maior acesso
ao matrimônio. Esta ocorrência também será alvo de nossa atenção. Além disso,
pretende-se fazer uso de alguns dados quantitativos dos registros de batismos
de escravos para complementar e dar suporte ao nosso estudo.
14.
17h45min – 18h
ASPECTOS
DIVERSOS DA HISTÓRIA DA IMIGRAÇÃO ALEMÃ NO RIO GRANDE DO SUL ATRAVÉS DE
FOTOGRAFIAS: O ACERVO FOTOGRÁFICO DO MUSEU HISTÓRICO VISCONDE DE SÃO LEOPOLDO
Rodrigo Luis dos Santos – Mestrando em
Historia UNISINOS – Bolsista FAPERGS/CAPES. Historiador voluntário e
coordenador de Estágios do Museu Histórico Visconde de São Leopoldo - rluis.historia@gmail.com
A história da imigração alemã no Rio Grande
do Sul é marcada, nos últimos anos, por pesquisas que demonstram a complexidade
e a variedade de processos nos quais este grupo étnico e seus descendentes
estiveram envolvidos. Política, cultura, sociabilidade, esportes,
religiosidade, economia, artes, são apenas alguns exemplos. As fontes documentais, em seus mais variados
tipos, tem se constituído de base para uma historiografia renovada da história
da imigração, evidenciado suas múltiplas dimensões. Nosso objetivo, nesta
comunicação, é apresentar outra fonte que pode contribuir para ampliar as
possibilidades de análise histórica acerca da imigração alemã no Rio Grande do
Sul: a fotografia. Neste sentido, contemplamos o Acervo Fotográfico do Museu
Histórico Visconde de São Leopoldo – MHVSL, localizado na cidade de São Leopoldo/RS.
Fundado no ano de 1959, o MHVSL possui um acervo fotográfico de mais de 27 mil
fotos, que contemplam os mais diversos aspectos da imigração alemã e da
inserção deste grupo e de seus descendentes na sociedade rio-grandense e
nacional. Estas imagens demonstram elementos significativos das relações entre
este grupo étnico para com a sociedade receptora brasileira, corroborando para
uma perspectiva historiográfica renovada, que refuta o discurso de apatia e
isolamento social, cultural e político de imigrantes alemães e descendentes. A
partir desta perspectiva, procuramos demonstrar a importância das fontes
imagéticas para o enriquecimento e aprofundamento das pesquisas históricas, não
apenas como fontes complementares ou ilustrativas.
18h – 18h30min – Debate
17 de abril
AÇÕES
EDUCATIVAS DO MUSEU DE HISTÓRIA DA MEDICINA DO RS PARA ALÉM DO ESPAÇO MUSEAL: A
CAIXA DE RECURSOS “SABER PARA PREVENIR”
Gláucia Giovana Lixinski de Lima Külzer – Mestre em História
(UNISINOS), Responsável pelo Setor Educativo MUHM - glaucia.kulzer@simers.org.br
Juliana Rocha Gastring – Graduanda em
História (PUC), Estagiária do Setor Educativo MUHM – Juliana.rocha@simers.org.br
Alessandra dos Santos da Silva – Graduanda em
História (UFRGS), Estagiária do Setor Educativo MUHM - Alessandra.silva@simers.org.br
Diferentes ações educativas são oferecidas
aos estudantes de todas as idades que visitam o Museu, ou que participam dos
Projetos do MUHM. Essas atividades
ligadas à educação para o patrimônio possibilitam aliar de forma
lúdico-pedagógica conhecimento à criatividade.
Em 2013 o MUHM inaugurou a exposição “30 anos de AIDS no RS: a Medicina
vencendo a batalha” oportunizando o diálogo sobre HIV/AIDS e educação sexual
com professores e alunos no espaço do museu. O Setor Educativo pensando em
ampliar suas ações elaborou uma caixa de recursos: “saber para prevenir” que
fornecia algumas sugestões de materiais para os professores utilizarem em sala
de aula antes da visita dos alunos ao Museu. Essa iniciativa do Setor Educativo
parte da ideia de que a educação se realizar em vários ambientes sociais e
culturais. O MUHM busca uma parceria permanente e não somente efetivada em
momentos de visitação com as instituições educativas. As ações educativas,
oferecidas têm como proposta de reforçar, ilustrar e discutir abordagens e
enfoques desenvolvidos em sala de aula.
Estas trocas de conhecimentos enriquecem o aprendizado dos alunos e
fornecem subsídios para que o professor possa continuar desenvolvendo seu
conteúdo fora do espaço escolar.
2. 13h45min – 14h
OFICINA OS TESOUROS DA FAMÍLIA
ARQUIVO E CAIXA PEDAGÓGICA ÁFRICA NO ARQUIVO: AÇÕES EDUCATIVAS NO ARQUIVO PÚBLICO DO ESTADO DO RS E PATRIMÔNIO NEGRO
Clarissa de Lourdes
Sommer Alves – Historiadora, Arquivo Público do Estado do Rio Grande do
Sul. clarissa-alves@sarh.rs.gov.br
Nesta comunicação
apresento e problematizo a oficina de Educação Patrimonial Os Tesouros da
Familia Arquivo e a caixa pedagogica AfricaNoArquivo como ações educativas
desenvolvidas no Arquivo Público do Estado do Rio Grande do Sul (APERS) que
evidenciam as potencialidades do patrimônio documental para a análise,
apropriação e valorização da história, da cultura e das memórias negras
afro-brasileiras em nosso estado. A oficina vem sendo realizada nas
dependências do Arquivo em parceria com a UFRGS desde 2009 com turmas dos 6º e
7º anos do Ensino Fundamental. A caixa AfricaNoArquivo foi produzida em 2014 e
está sendo distribuída como doação para 700 escolas públicas e outras
instituições de ensino e de memória. Ambas ações foram construidas a partir do
acervo custodiado pelo APERS, documentos manuscritos produzidos em meio a uma
sociedade escravista, mas que registram diversos fragmentos importantes da
trajetória de sujeitos históricos que foram escravizados, lutaram pela
liberdade e por melhores condições de vida. A partir dessas ações busco
evidenciar também a relevância e pertinência da realização de ações educativas
em arquivos e demais instituições de memória, que podem contribuir sobremaneira
para os processos de ensino aprendizagem e para a efetivação da Lei 10.639.
3. 14h – 14h15min
RELATÓRIO DE PESQUISA SOBRE A FOTOGRAFIA “ANTIGOS CARREGADORES DE DOCAS”
RELATÓRIO DE PESQUISA SOBRE A FOTOGRAFIA “ANTIGOS CARREGADORES DE DOCAS”
Naiara M. R. G. de Assunção – UFRGS. naiara.rotta@gmail.com
Trabalho resultado do Estágio
Obrigatório de Bacharelado, necessário para obtenção de grau em História –
Bacharelado pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS). O estágio
foi realizado no Museu Julio de Castilhos entre março e junho de 2014, com
orientação da pesquisadora Jane Mattos. Tal trabalho consistiu na pesquisa
histórica relacionada a uma fotografia do acervo intitulada “Antigos
carregadores de Doca”. Escolheu-se essa foto por ser uma imagem conhecida,
muito utilizada de diversas formas em publicações, blogs, exposições, estando
ligada à memória da comunidade negra em Porto Alegre. No entanto, pouco se sabe
sobre esta fotografia tanto em relação a sua origem física nos acervos de
museus quanto em relação a sua produção. A pesquisa buscou resgatar a
trajetória desta fotografia nas instituições museológicas porto alegrenses,
atentando o para o fato de ser recente a preocupação com a constituição de uma
memória histórica de Arquivos, Museus e Instituições Públicas em nossa cidade.
Também buscou-se conhecer mais sobre o desenvolvimento da fotografia em Porto
Alegre, capitaneado pelas casas Ferrari e Caligari, relacionando com a memória
imagética da cidade e da comunidade afro-descendente.
4.
14h15min – 14h30min
MUSEUS
ESCOLARES DE HISTÓRIA EM PORTO ALEGRE: MEMÓRIA E PATRIMÔNIO EDUCATIVO
Nara Beatriz Witt – Mestranda em História da Educação/Bolsista
CNPQ-UFRGS. Programa de Pós Graduação em Educação/UFRGS. narabewitt@gmail.com
Esta
apresentação é parte do resultado do Trabalho de Conclusão de Curso em
Museologia, que abordou os museus escolares, tema que continua a ser
investigado no Mestrado em História da Educação. A pesquisa partiu de um
mapeamento com o objetivo principal de identificar o maior número desses
espaços no âmbito da cidade de Porto Alegre. O presente trabalho apresenta os
museus, memoriais e acervos da cultura material escolar que foram localizados.
Para apreensão do objeto de estudo constitui um quadro histórico que busca
verificar os antecedentes dos museus escolares criados no final do século XIX,
vinculados à renovação no método de ensino, inseridos em um contexto de criação
dos primeiros museus brasileiros. Constata uma preocupação com a memória
escolar e a preservação do patrimônio educativo em um momento mais recente, a
partir do final do século XX, como motivação para criação de novos museus,
considerados nesse estudo como “museus escolares de História”. Destaca a
importância do patrimônio educativo para a História do ensino e dos museus,
apontando a aproximação entre Museologia, História e Educação para
compreendê-los. Indica a relevância em dar visibilidade aos museus escolares
como forma de contribuir para seu estudo, sinalizando novas possibilidades de
investigações.
5. 14h30min
– 14h45min
O ELEGANTE SPORT - EVOCANDO O CICLISMO DO TEMPO DA UNIÃO VELOCIPÉDICA DE
AMADORES E DA RADFAHRER VEREIN BLITZ
Natália
de Noronha Santucci – Mestranda em História - PUCRS/Bolsa Capes. nataliasantucci@gmail.com
Esta
comunicação faz uma abordagem parcial da pesquisa em desenvolvimento no
PPGH/PUCRS sobre ciclismo e indumentária em Porto Alegre no intervalo de 1895 a
1905. Aqui evocaremos a memória das associações de ciclismo que existiram no período
- a União Velocipédica de Amadores e a Radfahrer
Verein Blitz.
Abordaremos
o contexto urbano no qual o ciclismo se difundiu, a construção de espaços
específicos para as corridas de bicicleta - os velódromos - as relações de
sociabilidade e identidade estabelecidas pela prática esportiva, alguns
exemplos dos trajes no cenário do esporte, e também a decadência do ciclismo em
função do surgimento de novos interesses.
Todos
estes aspectos nos permitem resgatar um pouco o “elegante sport”, que uma vez movimentou um expressivo número de
entusiastas, do esquecimento.
Perto
dos 120 anos de fundação do primeiro clube de ciclismo, a investigação segue
com base em fontes bibliográficas, notícias e análise de imagens, dialogando
com o presente por meio da atual discussão sobre a presença das bicicletas nas
cidades.
6.
14h45min – 15h
SAÚDE E POBREZA: EXPERIÊNCIAS POPULARES DE SAÚDE,
TRABALHO E FAMÍLIA NO ACERVO DO CENTRO
HISTÓRICO-CULTURAL SANTA CASA (PORTO ALEGRE)
Exploraremos as potencialidades
de pesquisa de algumas fontes produzidas pela Santa Casa de Misericórdia de
Porto Alegre e que servem de observatório para o estudo das experiências
populares. Serão reunidas três investigações, que tem sido construídas de forma
paralela e complementar. A primeira pesquisa tem um recorte sócio-profissional,
focando os indivíduos ali tratados, inseridos em mecanismos de controle social,
como a polícia. A segunda optou por abordar as variáveis gênero e categoria
socioeconômica, privilegiando as mulheres populares. A terceira investigação
foca a população negra, selecionando os pacientes pelo seu pertencimento
étnico-racial. No Centro
Histórico-Cultural Santa Casa (Porto Alegre) encontram-se os livros de registro
de pacientes e de Porta, contendo os seguintes dados: Nome, sexo, idade, cor,
naturalidade, filiação, profissão, estado civil, classes (forma de pagamento),
endereço, por quem remetido, data de saída, observação (indicando como se deu a
alta: curado, morto, a pedido). Mesmo após 1889 a cor continua aparecendo nestes
registros, certamente por ser um item importante ao diagnóstico médico.
Propomos, então, apresentar resultados preliminares destas três investigações,
enfocando temas como saúde, trabalho, moradia e família.
7.
15h – 15h15min
PORTO
ALEGRE E SEUS PATRIMÔNIOS CULTURAIS A PARTIR DO JORNAL ZERO HORA
Luis Fernando Herbert Massoni – Mestrando do
Programa de Pós-graduação em Comunicação e Informação (UFRGS). luisfernandomassoni@gmail.com
O trabalho reflete sobre os imaginários
urbanos e sua relação com os patrimônios culturais da cidade de Porto Alegre a
partir das informações veiculadas pelo jornal impresso. As informações sobre a
cidade divulgadas pelo periódico contribuem para a construção e no fortalecimento
de imaginários urbanos. O patrimônio cultural é formado através da atribuição
de valor feita pelos cidadãos aos elementos da cidade. O estudo analisa as
informações sobre o patrimônio cultural de Porto Alegre divulgadas no jornal
impresso Zero Hora. Mapeia os patrimônios culturais identificados, para melhor
visualizar as representações sobre cada região da cidade. A pesquisa foca nas
narrativas construídas pelo jornal, identifica quais símbolos da cidade são
destacados pelo periódico e os atores sociais que se manifestam por meio dele,
o que caracteriza o jornal como mediador dos debates a respeito da história, da
memória e dos patrimônios da cidade. Conclui que as informações divulgadas no
meio impresso auxiliam na mediação e construção das representações sobre a
cidade, bem como no estabelecimento de imaginários urbanos, ao mesmo tempo em
que fortalecem determinadas visões sobre o seu patrimônio cultural.
15h15min
– 15h45min – Debate
16h45min
– 16h15min - Intervalo
8.
16h15mim – 16h30min
Amanda Mensch
Eltz. Centro Histórico-Cultural Santa Casa. amanda.eltz@santacasa.tce.br
Renata Dariva Costa . Centro Histórico-Cultural Santa Casa. renatadariva@yahoo.com.br
Renata Dariva Costa . Centro Histórico-Cultural Santa Casa. renatadariva@yahoo.com.br
Este trabalho
visa relatar o projeto “Biografia a
Posteriori”, programa de reconstrução da memória histórica e social realizado
no Museu Joaquim Francisco do Livramento, do Centro Histórico-Cultural Santa
Casa (CHCSC), através da Metodologia de História Oral.
Partindo do princípio que não existe patrimônio cultural museológico
sem a ação humana de conferir valor, significado ou importância ao artefato,
vê-se no sujeito e na sua fala a voz
interlocutória dos diferentes saberes, práticas, valores, sentidos, usos e
significados, tão fundamentais para o processo de reconstrução das memórias. Tecer
relações entre “Comunidade e Museu” é um fator extremamente importante, pois o
espaço museológico se torna assim um cenário de democratização da memória e
lugar de transformação, reconhecimento e representação social.
Este programa “Biografia a
Posteriori” objetiva entrevistar personagens sociais que pertencem ou
pertenceram as diferentes comunidades envolvidas socialmente com a Santa Casa
de Misericórdia de Porto Alegre (SCMPA). O projeto atualmente possibilita a
reconstrução do histórico de utilização dos bens materiais presentes no acervo
do Museu, como também, da identidade do local produtor desta cultura à SCMPA.
9,
16h30min – 16h45min
PATRIMÔNIO
E IDENTIDADE: A CONFECÇÃO DE PIPAS E A PRODUÇÃO ARTESANAL DE VINHO NA COLÔNIA
MACIEL EM PELOTAS/RS
Cristiano Gehrke – Universidade Federal de
Pelotas. cristianogehrke@gmail.com
10.
16h45min – 17h
INFORMATIVO
O BANRISUL E O CLUBE RECREATIVO DOS
CONTÍNUOS: FONTE PARA O ESTUDO DA
HISTÓRIA SOCIAL DOS BANCÁRIOS AFRODESCENDENTES
Jane Rocha de Mattos – Museu Banrisul. jmattos@cpovo.net
No ano de 1947, é editado pelos funcionários
do Banco do Rio Grande do Sul, o informativo O Banrisul – Órgão Mensal dos
Funcionários do Banco do Rio Grande do Sul, de distribuição gratuita, que
circulou internamente entre os anos de 1947 a 1959. O informativo veiculava
imagens e textos escritos e editados pelo corpo funcional, que era o principal
colaborador deste. Colocando-se como porta-voz dos funcionários, entre seus
objetivos estava expressar as manifestações dos banrisulenses.
Em 30 de setembro de 1948, um grupo de
funcionários, que exerciam a função de contínuos, funda uma nova agremiação
bancária, o Clube Recreativo dos Contínuos,
que é anunciada no O Banrisul. Nas
edições posteriores, são publicados vários textos sobre esse novo clube e suas
atividades, único dentro do banco, o que ensejou indagações sobre os seus
fundadores e suas práticas durante décadas em que o referido foi publicado.
Esta comunicação propõe a apresentação do informativo O Banrisul como fonte para o estudo dos afrodescendentes e suas
trajetórias coletivas e individuais.
11.
17h – 17h15min
“O VALE DOS
ALEMÃES”? MEMÓRIA, PATRIMÔNIO E A DIVERSIDADE CULTURAL NO VALE DO TAQUARI
Márcia Solange
Volkmer – Centro Universitário Univates. marciavolkmer@yahoo.com
Este trabalho
apresenta algumas ações desenvolvidas no âmbito da formação de professores de
História na cidade de Lajeado/RS. Inserida em uma região na qual a colonização
de imigrantes europeus foi representativa, a cidade não se reconhece
culturalmente diversa, e a história privilegia alguns grupos sociais
específicos. Nesse sentido, considera-se fundamental desenvolver um trabalho de
estudo e sensibilização dos futuros professores em relação à diversidade
cultural do Vale do Taquari. Além das pesquisas que vinculem o patrimônio dos
europeus, indígenas e africanos na configuração social das cidades, os
licenciandos elaboram propostas de educação patrimonial. Os bolsistas do Pibid
História igualmente estão inseridos na proposta, e elaboram atividades que são
desenvolvidas nas escolas. Em 2014 desenvolveu-se o
projeto “Conhecendo a história local”.
Na modalidade de oficinas, foram estudados os conceitos de memória e patrimônio
cultural, e aspectos relativos ao ofício do historiador, com estudo sobre as
fontes históricas, pesquisa e preservação. Também foram realizadas visitas
guiadas aos lugares de memória da
cidade. Nesse sentido, o projeto permite uma
reflexão a partir das experiências em sala de aula, possibilitando o
reconhecimento da diversidade cultural do Vale do Taquari.
12.
17h15min – 17h30min
REGISTRANDO
E PRESERVANDO IMAGENS DO QUE FOI ESCONDIDO: O PROJETO VÍDEO NAS ALDEIAS E A
APLICAÇÃO MUSEOLÓGICA
Mireli
Castilhos Oliveira – Universidade Federal do Rio Grande do Sul. mireli.oli@gmail.com
O
objetivo deste trabalho é refletir sobre a produção de filmes e documentários
realizados pelo projeto Vídeo nas Aldeias, considerando suas ações como
ferramentas de preservação da memória das tribos indígenas brasileiras e de seu
patrimônio cultural. Para tal, é preciso fazer uma breve contextualização da
problemática do índio no Brasil, que por vezes é retratado como um sujeito
“exótico”, sendo ignorados os seus contextos socioculturais. A metodologia é
baseada em análises de bibliografia sobre o tema e vídeos produzidos pelo
projeto. Foram considerados três vídeos de autoria de Vincent Carelli,
idealizador do projeto, em parceria com tribos associadas ao Vídeo nas Aldeias.
Também foram consideradas outras atividades realizadas pelo projeto, assim como
o ato de usar a filmagem como um meio de preservação cultural e de divulgação
de interesses políticos. De acordo com o viés das teorias e práticas
museológicas, é ressaltada a importância da documentação por meio de vídeos, a
fim de promover a preservação de um patrimônio imaterial. A conclusão é uma
relação das práticas do projeto Vídeo nas Aldeias à área museológica e suas
devidas aplicações.
13.
17h30min – 17h45min
14.
17h45min – 18h
Rosangela
C. R. Ramos – PPGH/UNISINOS. rosangelaramos.historia4@gmail.com
O
presente trabalho trata sobre o Acervo Benno Mentz (ABM). Este acervo é, muitas
vezes, caracterizado como um representante do patrimônio e memória sobre os
colonizadores alemães e seus descendentes, no Rio Grande do Sul. Contem
inumerável documentação que se refere à temática da colonização, como imprensa
(majoritariamente, em idioma alemão), correspondências, materiais iconográficos
e fonográficos, além de uma biblioteca, um arquivo genealógico e os arquivos
das empresas da família Mentz. A partir das fontes existentes no próprio acervo
foi elaborado um estudo para identificar elementos de sua formação,
deslocamentos e preservação. Mesmo que a descrição dos tipos documentais seja
breve, ela serve para demonstrar a diversidade do ABM ,e, sua capacidade de
apoiar estudos, em diversos campos do saber.
18h – 18h30min – Debate