22 de novembro de 2019

Chamada para artigos: Ditaduras de Segurança Nacional: arquivos, fontes e lugares de memória


CHAMADA PARA ARTIGOS - Sillogés v.3 número 1 jan./jul. 2020

Prezadas(os) colegas!

Informamos que a Revista Sillogés - http://historiasocialecomparada.org/revistas/index.php/silloges/ - abriu chamada de trabalhos para o dossiê Ditaduras de Segurança Nacional: arquivos, fontes e lugares de memória, proposto pela Profa. Dra. Ananda Simões Fernandes (Arquivo Histórico do Rio Grande do Sul) e Profa. Dra. Samantha Viz Quadrat (Universidade Federal Fluminense).


O prazo final para o dossiê é 10 de Maio de 2020.

Contamos com sua colaboração através de artigos ou resenha relacionados a essa importante temática de nossa historiografia. Lembramos que a Sillogés recebe também artigos e resenhas de diferentes temas em fluxo contínuo.

Abaixo, mais detalhes sobre a proposta de dossiê.


O tratamento dado aos arquivos produzidos no âmbito das atividades repressivas caracteriza-se como um dos assuntos centrais dos processos de investigação dos crimes cometidos pelo Estado durante a vigência das ditaduras de Segurança Nacional no Cone Sul. O acesso à informação está intimamente ligado à construção e consolidação de uma sociedade efetivamente democrática. A abertura dos arquivos da repressão e a custódia dos mesmos em instituições culturais e de pesquisa são imprescindíveis para garantir o acesso da população ao seu passado recente, interditado de várias formas. A eficácia das medidas de reparação às vítimas das ditaduras, assim como a apuração das responsabilidades dos agentes envolvidos nos crimes de Estado ficam, em grande parte, condicionadas pelo uso dos documentos produzidos e armazenados pelas instituições repressivas daquele período. Se anteriormente estes arquivos repressivos eram necessários para o próprio exercício das atividades repressivas, atualmente colocam-se como um instrumento insubstituível na conformação das novas relações sociais, principalmente no período denominado Justiça de Transição.

O enfoque desse dossiê está nos arquivos produzidos e acumulados pelos aparatos das ditaduras de Segurança Nacional no exercício das suas atividades; nos arquivos originados pelos próprios indivíduos ou famílias em decorrência das suas ações contrárias às ditaduras; nos acervos que surgiram em função da própria demanda social por esclarecimentos, pela verdade e pela justiça; nas instituições culturais e de pesquisa que abrigam essa documentação; nos “lugares de memória” das ditaduras do Cone Sul.

Crédito das fotografias: Queima dos arquivos do DOPS/RS. Coojornal, Porto Alegre, junho 1982, p. 19. Foto: Luiz Eduardo Achutti.